Domingo chuvoso em uma cidade do litoral. Não dá para andar de bicicleta, caminhar pela orla ou passear com o cachorro (Tony Ramos Rex). Como passei o final de semana sentado de frente para o computador revisando texto, também não dá para aproveitar o ócio doméstico para ler um livro -- pois os olhos também precisam de descanso.
Restou arrumar as gavetas, que, na modernidade, podem ser os e-mails, os perfis na internet e os arquivos no computador. E não é que, mexendo aqui no Facebook, descobri um milhão de utilidades (grátis!) que estavam desativadas? Descobri até um potencial cliente de revisão de texto que havia acabado de postar uma solicitação -- meu anjo da guarda, pelo visto, também trabalha aos domingos!
Mas, voltando às gavetas, fiquei fascinado com a quantidade de botões e possibilidades disponíveis na internet mesmo para caras que sejam como eu: um completo “analfaBITE”. Espero poder fazer bom uso dessas coisas todas -- tanto para proveito pessoal quanto para ajudar ao próximo.
O complicado tem sido saber quais desses recursos digitais podem ser invasivos ou não, pois nunca se sabe quem está do outro lado da tela, procurando avidamente por alguma maneira de criar confusão (nessas ocasiões, eu sempre me lembro do filme “A Rede”, com Sandra Bullock). Hoje em dia, estar na rede equivale a andar na rua, já que fora de casa pode nos acontecer qualquer coisa -- desde tomar uma repentina chuvinha até ser atingido por um caminhão lotado de melancia ou ser alvo de um beijoqueiro maluco.
Na rede, o caminhão de melancia e a chuva são metafóricos (talvez o beijoqueiro também), mas há outros inconvenientes (e também facilidades -- como eu descobri hoje). O fato é que, atualmente, a internet, além de ter muitas mil gavetas, também é uma via pública que pode levar e trazer todo tipo de gente. A parte boa é que, por aqui, (ainda) não precisamos usar guarda-chuva nos dias nublados.
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