Verbos reflexivos
São chamados de verbos reflexivos os verbos cuja ação praticada pelo sujeito ocorre no próprio sujeito, ou seja, quando o sujeito gramatical é ao mesmo tempo agente e paciente da ação. Podem ser aplicados os termos: a si mesmo ou a si próprio.
Lista de verbos reflexivos
ferir-se;
cortar-se;
pentear-se;
vestir-se;
barbear-se;
pintar-se;
sentar-se;
levantar-se;
deitar-se;
encostar-se;
olhar-se;
pôr-se;
intrometer-se;
preocupar-se;
emendar-se;
...
Exemplos de frases com verbos reflexivos:
- Eu vesti-me rapidamente.
- Tu cortaste-te no dedo?
- Ele deitou-se na rede.
- Ela feriu-se com a tesoura.
- Nós pintamo-nos de índios.
- Eles barbearem-se para a reunião.
Conjugação de verbos reflexivos
Os verbos reflexivos são conjugados com pronomes oblíquos átonos, que transmitem essa ideia de reflexibilidade.
Os pronomes oblíquos átonos reflexivos são:
1.ª pessoa do singular - me
2.ª pessoa do singular - te
3.ª pessoa do singular - se
1.ª pessoa do plural - nos
2.ª pessoa do plural - vos
3.ª pessoa do plural - se
Conjugação reflexiva do verbo sentar no presente do indicativo
Eu sento-me ou eu me sento
Tu sentas-te ou tu te sentas
Ele senta-se ou ele se senta
Nós sentamo-nos ou nós nos sentamos
Vós sentai-vos ou vós vos sentais
Eles sentam-se ou eles se sentam
Conjugação reflexiva do verbo pentear no presente do indicativo
Eu penteio-me ou eu me penteio
Tu penteias-te ou tu te penteias
Ele penteia-se ou ele se penteia
Nós penteamo-nos ou nós nos penteamos
Vós penteai-vos ou vós vos penteais
Eles penteiam-se ou eles se penteiam
Fonte:
https://www.conjugacao.com.br/
Verbos pronominais
São chamados de verbos pronominais os verbos que são conjugados juntamente com um pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, se). Esse pronome oblíquo se referirá, obrigatoriamente, à mesma pessoa do sujeito.
Assim, a conjugação pronominal ocorre quando o pronome oblíquo está relacionado com o pronome reto ou sujeito equivalente. Pode ser reflexiva ou recíproca.
Conjugação pronominal reflexiva
Na conjugação pronominal reflexiva, a ação recai sobre o próprio sujeito.
Conjugação reflexiva do verbo pentear no presente do indicativo:
Eu penteio-me ou eu me penteio
Tu penteias-te ou tu te penteias
Ele penteia-se ou ele se penteia
Nós penteamo-nos ou nós nos penteamos
Vós penteai-vos ou vós vos penteais
Eles penteiam-se ou eles se penteiam
Conjugação pronominal recíproca
Na conjugação pronominal recíproca, a ação recai sobre cada um dos sujeitos. Só ocorre com sujeitos plurais (nós, vós, eles).
Conjugação recíproca do verbo abraçar no presente do indicativo:
Nós abraçamo-nos ou nós nos abraçamos
Vós abraçastes-vos ou vós vos abraçastes
Eles abraçaram-se ou eles se abraçaram
Verbos pronominais essenciais e acidentais
Os verbos pronominais podem ser classificados em: essenciais e acidentais.
Verbos pronominais essenciais são verbos usados apenas na sua forma pronominal, cujo radical transmite uma ideia de reflexibilidade, como:
Verbos pronominais acidentais são verbos usados tanto na forma pronominal como na forma simples. O radical não apresenta uma ideia de reflexibilidade, sendo essa transmitida com o uso do pronome oblíquo, como:
- enganar / enganar-se;
- debater / debater-se;
- lembrar / lembrar-se;
- esquecer / esquecer-se;
- envolver / envolver-se;
- lavar / lavar-se;
- pentear / pentear-se;
- ...
Colocação pronominal
A colocação pronominal pode ocorrer antes do verbo (próclise), depois do verbo (ênclise) ou no meio do verbo (mesóclise).
Próclise: Não me sentei porque não quis.
Ênclise: Sentei-me porque quis.
Mesóclise: Sentar-me-ei quando quiser.
A forma enclítica é a forma base de colocação pronominal, não sendo, contudo, a mais usada, visto que o uso da próclise se encontra generalizado na linguagem falada.
O uso da próclise ou da ênclise é facultativo desde que o verbo não se encontre no início da frase, nem haja situações que justifiquem o uso específico de uma forma de colocação pronominal.
Fonte:
https://www.conjugacao.com.br/
Atenção: No Brasil, é mais comum que o pronome oblíquo átono apareça antes do verbo na linguagem coloquial. No entanto, na norma-padrão e na linguagem formal, o pronome oblíquo átono só aparece antes do verbo se houver algum elemento que o atraia para aquela posição, de acordo com as regras de colocação pronominal.
Leia também: Os pronomes oblíquos na função de complementos verbais
Diferença entre verbos reflexivos e verbos pronominais
Verbos reflexivos e verbos pronominais são acompanhados de pronomes oblíquos átonos. No entanto, há algumas diferenças importantes.
O pronome oblíquo átono não é parte integrante do verbo reflexivo, e sim um elemento que se junta a ele para identificar que o agente executa e sofre a ação. Os verbos pronominais, por sua vez, são necessariamente acompanhados do pronome, isto é, são verbos em que o pronome é parte integrante e essencial, isto é, sem ele, o verbo deixa de existir, muda de significado ou tem sua estrutura e regência afetadas.
Veja:
“Eu me olhei pelo reflexo do espelho.”
“Eu te olhei pelo reflexo do espelho.”
No primeiro enunciado, o verbo “olhar-se” é reflexivo, já que o sujeito “eu” olhou a si mesmo, sozinho, no espelho. No segundo enunciado, o verbo “olhar” deixa de ser reflexivo, porque o sujeito “eu” olhou outra pessoa, “te”, pelo reflexo do espelho. Os verbos “olhar-se” e “olhar” têm o mesmo significado, mas o pronome pode torná-lo reflexivo.
Agora, observe os próximos dois casos:
“Nós nos queixamos à diretoria.”
“Elas se formaram no semestre passado.”
Em ambos os enunciados, há verbos pronominais. No primeiro caso, o verbo “queixar-se” não ocorre sem o pronome que o acompanha. No segundo caso, o verbo “formar-se” (com sentido de completar uma formação acadêmica) também só pode ocorrer acompanhado do pronome (já que o verbo “formar”, sem pronome, tem outro sentido).
Leia também: Versatilidade pronominal – curioso fenômeno da língua portuguesa
Voz reflexiva
A voz reflexiva é assim chamada por apresentar características da voz ativa e da voz passiva, ou seja, porque o agente executa e sofre a ação, o que fica nítido pelo uso dos verbos reflexivos. Observe:
Sujeito + verbo + objeto
“Meu pai me penteia sempre para ir à escola.”
“Eu sempre sou penteado pelo meu pai para ir à escola.”
“Eu sempre me penteio para ir à escola.”
O primeiro enunciado está na voz ativa, tendo o pai (3ª pessoa do singular) como sujeito e agente que executa a ação “pentear”, além do objeto “me” (1ª pessoa do singular), que sofre a ação. Em outras palavras, pessoas diferentes: “Ele penteia a mim.”
O segundo enunciado está na voz passiva, tendo “eu” (1ª pessoa do singular) como sujeito e agente que sofre a ação de “ser penteado” pelo objeto “meu pai” (3ª pessoa do singular). Ainda há pessoas diferentes: “Eu sou penteado por ele.”
O terceiro enunciado está na voz reflexiva, tendo “eu” (1ª pessoa do singular) como sujeito e agente que executa a ação “pentear-se”, ao mesmo tempo em que sofre a mesma ação. Agora, trata-se da mesma pessoa: “Eu penteio a mim mesmo.”
Fonte:
https://www.portugues.com.br/
Índice de Indeterminação do Sujeito
O pronome “se”, entre outras funções, serve para indeterminar o sujeito. O sujeito indeterminado é o tipo de sujeito que não se quer ou não se pode identificar, o que pode acontecer de duas maneiras:
1) na presença de verbo (na 3.ª pessoa do singular) que seja intransitivo, transitivo indireto ou de ligação, acompanhado do pronome "se":
- Levantou-se mais cedo do que os outros dias.
- Reclama-se de tudo.
- Anda-se cada vez mais preocupados.
2) na presença de verbos na 3.ª pessoa do plural:
- Levantaram mais cedo do que os outros dias.
- Reclamam de tudo.
- Andam cada vez mais preocupados.
Vale lembrar que o sujeito indeterminado não se refere a um sujeito que já tenha sido citado anteriormente, pois nesse caso, o sujeito seria oculto
Ana e Marta são muito negativas. Reclamam de tudo. (sujeito oculto = (Elas - Ana e Marta) reclamam de tudo).
No que respeita ao sentido, a principal diferença entre as duas formas de sujeito indeterminado é que a pessoa que “fala” não se inclui no discurso “Reclamam de tudo.”, mas pode estar incluída no discurso “Reclama-se de tudo.”
Diferença entre índice de indeterminação do sujeito e partícula apassivadora
Para diferenciar o índice de indeterminação do sujeito da partícula apassivadora, é preciso ter em atenção o verbo que está presente na oração. Somente quando ele for transitivo direto ou transitivo direto e indireto o “se” será partícula apassivadora.
O “se” do índice de indeterminação do sujeito é acompanhado de verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação.
Não erre mais!
Índice de Indeterminação do Su | se + verbo intransitivo, verbo transitivo indireto ou verbo de ligação. |
---|---|
Partícula Apassivadora | se + verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto. |
Concordância verbal com o pronome "se"
Diante do caso de um sujeito indeterminado, os verbos devem ser conjugados na 3.ª pessoa do singular:
- Fala-se muito em novas tecnologias.
- Precisa-se de pessoas com atitude.
- Confia-se nas pessoas.
Diante do caso de voz passiva, os verbos devem ser conjugados de acordo com o sujeito da oração:
- Comeu-se o bolo.
- Comeram-se o bolo e os brigadeiros.
- Estragou-se o papel.
- Estragaram-se o papel e as tintas.
Fonte:
Se (partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito)
SE: Não tem função sintática nem morfológica
a) Partícula expletiva ou partícula de realce: virá acompanhando um verbo intransitivo.
- Murcham-se as flores.
- Eles se foram mais depressa do que eu esperava.
b) Parte integrante do verbo: o pronome faz parte de um verbo pronominal.
- Queixaram-se do excesso de sal na comida. (o verbo é queixar-se)
- Ainda bem que jovem não teve coragem de se suicidar. (o verbo é suicidar-se)
SE: função morfológica
c) Conjunção integrante: inicia oração subordinada substantiva.
- Perguntei se ela tinha troco.
- Saberei se você não fizer a prova.
d) Conjunção adverbial condicional: introduz uma oração adverbial condicional e serve para indicar a condição.
- Se você quiser, nós vamos embora.
- Só libero sua compra se você me mostrar o comprovante de pagamento.
e) Pronome Reflexivo: serve para indicar, na voz passiva, que o sujeito pratica a ação e ela recai sobre ele mesmo, ou que dois sujeitos praticam uma ação recíproca.
- As meninas se entreolhavam com curiosidade.
- Ele se feriu com a atitude que tomou.
SE: Função Sintática
f) Partícula apassivadora: acompanha verbo transitivo direto e serve para indicar que a frase está na voz passiva sintética. Para comprovar, pode-se colocar a frase na voz passiva analítica, como está feito abaixo.
- Fazem-se unhas. (voz passiva analítica: Unhas são feitas)
- Alugam-se casas e apartamentos. (casas e apartamentos são alugados)
g) Índice de Indeterminação do Sujeito: vem acompanhando um verbo transitivo indireto, um verbo intransitivo (sem sujeito claro), um verbo de ligação ou um transitivo direto, em casos de objeto direto preposicionado. Serve para indicar que o Sujeito da oração é indeterminado. A voz é ativa. Neste caso, caso seja feita a tentativa, não é possível pôr a oração na voz passiva analítica.
- Necessita-se de voluntários para o hospital. (VTI)
- Neste lugar se é tratado como um animal. (VL)
- Ainda se corre o risco de perder o oxigênio. (VI)
- Ama-se a Deus. (VTD)
h) Sujeito acusativo: é, aparentemente, objeto direto de um verbo e sujeito de outro ao mesmo tempo.
- Ela deixou-se levar.
- Ordenaram-se elogiar o espetáculo.
Fonte:
Exercícios - Se (partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito)
Lista de questões de vestibulares e concursos sobre a Partícula "Se".
Ler artigo Se (partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito).
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