segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Quarteto


Sábado, 13 de setembro de 2008, a partir das 18 horas, aconteceu o aniversário da Regiana. "Acontecer" é uma palavra apropriada, pois foi mesmo um acontecimento. Havia umas quatro ou cinco tribos diferentes: pessoas que se conheciam e que não se conheciam, formando os mais inusitados núcleos. Foi muito bom ver o pessoal se misturando, as conversas rolando soltas. Tínhamos uma alemão recém-chegado ao Brasil, um outro estreando um bigode. Um poeta que também é fotógrafo mas estavam sem a máquina. Duas judias, uma infinidade de gays. Um cearense, dois gaúchos. Um dentista (e eu com uma baita dor-de-dente). Nenhum casado, mais uns dois ou três comprometidos. Um que morou em Berlin e, felizmente, falava alemão. Uma que já dou o mundo lavando pratos. Uma que toca violão, faz poesia e cospe fogo. Alguém que trouxe 12 latinhas de cerveja e não tomou nenhuma (que ficaram na geladeira e eu simplesmente não seio que fazer, pois quase ninguém na turma bebe cerveja e eu só utilizo a loirinha para fazer frango assado -- mas com esta quantidade de latas de cerveja, vou ter que abrir uma rotisseria para dar conta de assar tantos frangos. Se bem que, dizem, tem gente que gosta muito de "frango assado").
A noite está friazinha, ideal para se ficar em casa com amigos. A Regiana, improvisou e deu uma de "noiva": chegou uma hora mais tarde que o combinado. O problema é que já estávamos pensando em pedir umas pizzas, pois além de ser a principal personagem da noite, a mocinha ainda era a portadora dos salgadinhos, que não sabiam chegar em casa sozinhos. Mas valeu a espera: a moça estava linda em um vestido preto meio vaporoso, usando uma meia fina com liga na altura da coxa: um desbunde. Distribuiu sorrisos como quem distribui flores na avenida, encantando a todos.
O bolo foi feito a 6 mãos e não deu o vexame esperado: eu, Jorge Dentista e Vitória -- o que poderia significar uma verdadeira tragédia. Mas os anjos estavam de plantão e bolo até que ficou bonitinho e gostosinho.
Se bem me lembro, estavam lá: Ivan, Jorge, Vicente, Marcos, César, Cláudio, Hans, Martin, Jader, Léa, Sandra (e amiga), Beto, Paula, Cibele, Ana, Rachel, Rejane, Davilson, José Carvalho, Lobinho, Paula, Cristina, Robson, Juan, Vitória, Regiana e eu. Será que me esqueci de alguém? Todos apertados em um apartamentinho de 47 metros quadrados...
Tentamos ligar para o Felipe, em Maringá, pois também era aniversário dele, mas não conseguimos contato.
Ainda tinha a história das malas de viagem, motivo inincial da reunião. E que renderam discussões acaloradas. Em suma: Regiana abriu a mala e pudemos ver o que uma marinheira-de-primeira viagem pensa a respeito de bagagem. Quer saber de uma coisa? Até que ela foi econômica. Eu imaginava-a incluindo o travesseiro de estimação, uma caneca de café e todos os pares de meias de lã. E todas as fotos da Eid (a cachorra). Mas tenho sérias dúvidas se uma tal boneca de pano vai viajar... O mais inusitado foi convencer a Regiana a respeito do peso das malas, que não varia em função das mãos que a segurem: completamente impublicável. Quem não assistiu não vai acreditar. E quem assistiu também não acreditou.
E no final, como tudo naquele apartamento, terminamos comendo mesmo uma pizza.
Na foto, o Quarteto das Risadas: Regiana, Cibele, Rachel (minha mulher) e eu.

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