terça-feira, 30 de novembro de 2010

Papo verde - réplica

Gostaria de discutir o primeiro comentário, feito acima. A questão da digestibilidade da proteína é verdadeira, a proteína animal é mesmo mais absorvida. Só que isso não tem importância nenhuma, já que os vegetais têm proteína em quantidade mais que suficiente pra suprir qualquer pessoa. Novamente, desafio qualquer um a encontrar um vegetariano com deficiência de proteína. 
Quanto ao ferro, acho que vale lembrar novamente dos estudos populacionais. Se o fato de o ferro da carne (heme) ser absorvido mais facilmente fosse realmente o mais importante, esperaríamos encontrar uma frequência de vegetarianos anêmicos maior que onívoros anêmicos, certo? No entanto, não é o que ocorre. A deficiência de ferro é a deficiência mineral mais comum do mundo, e é tão frequente em populações vegetarianas quanto populações onívoras, o que também derruba esse mito de que o vegetariano não absorve ferro em quantidade suficiente. 
Quanto ao terceiro argumento, o da papagaiada, não tenho muito mais o que dizer. Resta só esperar que as pessoas possam lidar melhor com a alteridade, que lembrem que podem sentir compaixão e que a alimentação não precisa estar baseada na violência.
Abraços a todos!
Bruno 

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Papo verde - respostas

Oi Jorge!
 
Obrigado por perguntar suas dúvidas, fico contente! Vou tentar explicar o que penso sobre isso.

Bom, eu gostaria de ver esses estudos sobre a "dor" das plantas. Se tiver algum, por favor me envie, pois já ouvi bastante esse argumento, apesar de achá-lo bastante duvidoso. Cultivo um tipo de consciência hoje em dia que me impele a respeitar todos os seres vivos, inclusive as plantas. Assim, discordo de qualquer desrespeito a árvores, arbustos e ervas, pois acredito que tudo na natureza merece respeito. No entanto, acho que esse respeito deve se manifestar de forma diferente de acordo com as possibilidades de percepção do mundo por cada ser. 

Se um dia me mostrarem um artigo científico provando que as plantas sentem alguma coisa, ainda assim vou continuar sendo vegetariano, por duas razões: 1 - animal que sou, preciso comer alguma coisa, ou melhor, comer tecidos de seres vivos; 2 - a experiência de sensação vegetal (que, apesar de improvável, eu não considero impossível) está muito mais distante da minha realidade do que a experiência sensorial dos animais; assim, mesmo não ignorando e respeitando a possibilidade de haver sensações nos vegetais, eu não poderia voltar a comer animais, já que posso imaginar a sua dor e sentir compaixão. Como li em um livro do incrível Joseph Campbell, "compaixão" significa "sofrer com", e nós podemos e devemos sentir isso quando o sofrimento é perceptível para nós. Quando andamos na rua, vemos muitas pessoas. Por mais que muitas delas possam estar em grande sofrimento, às vezes não percebemos, pois elas se escondem em camadas e camadas de roupas bonitas, maquiagem e sorrisos. Nesse estado de vida corpóreo, temos muita dificuldade de sentir compaixão quando o sofrimento não nos é perceptível. Acredito sim, que devemos sentir compaixão por todas as pessoas, todas. E por todos os animais também. Se as plantas sofrem, por elas também. No entanto, nesse tipo de corpo, com sentidos imperfeitos, não consigo saber sobre o que se passa dentro de cada ser do mundo, e assim, tomo como dever proteger, pelo menos, aqueles que já sei que são parecidos comigo e que podem sofrer como eu. Os animais podem sofrer como nós, e isso nós sabemos muito antes da nossa arrogante Ciência ter se desenvolvido.

Agora a questão da cadeia alimentar. 

O ser humano, desde que inventou a agricultura, há cerca de 10 mil anos, não depende mais da disponibilidade de seres vivos nas populações naturais. Isso significa que, a despeito das flutuações populacionais em cada espécie vegetal e animal das quais se alimentava, o homem aprendeu a manter suas fontes de alimento relativamente constantes. Assim sendo, ele deixou de regular as populações de espécies vegetais das quais se alimentava, pois produzia o que comia e, cada vez menos dependia do que as populações naturais ofereciam. Com os animais ocorreu algo parecido. O homem começou a criar para comer, e cada vez menos dependia dos animais de caça, não mais regulando as populações de tais espécies como antes. 

Claro que estou fazendo uma simplificação bem grosseira, pois muitos grupos humanos continuaram caçando até hoje ou dependendo do extrativismo vegetal, se é que se pode chamar assim. O importante é que o papel que o homem tem nos ecossistemas hoje em dia é muito diferente do que tinha há 50 mil anos. Hoje exercemos principalmente a função de predadores, em todos os tipos de habitats, e isso, com certeza, não é saudável para o planeta e nem para a nossa espécie. Alguém que come carne não está, de forma alguma, contribuindo para o equilíbrio da natureza, mas, pelo contrário, colaborando com a degradação mais rápida dos recursos (limitados) que a Terra oferece, tendo em vista todos os impactos da pecuária que já falamos. 

Acredito que as pessoas não vão deixar de comer carne de uma vez, mas será um processo gradual. Assim, não precisamos ter medo de uma explosão populacional de vacas, já que elas são alimentadas justamente para servir de matéria-prima para essa indústria do sangue. Temos aí uma questão de mercado e demanda, ou seja, quanto menos pessoas comprarem carne, menos vacas serão mortas e menos vacas serão reproduzidas.

Vamos aos dinossauros, elefantes e tudo mais... É um erro biológico associar carne a agilidade ou a características vantajosas. Temos muitos exemplos de animais herbívoros fortes e ágeis. Cavalos, antílopes, orangotangos e gorilas são apenas alguns exemplos. Entre os dinossauros, havia herbívoros ágeis e carnívoros ágeis, herbívoros fortes e carnívoros fortes... Se os carnívoros superassem os herbívoros em força e agilidade, não teríamos mais animais herbívoros no mundo, hehe! E nem carnívoros, pois seu alimento acabaria. 

Li recentemente a autobiografia de Gandhi, e ele, em sua juventude, foi levado a acreditar que os ingleses dominavam os indianos porque os ingleses comiam carne. Logo ele descobriu que isso não tinha nada a ver, experimentou carne, se arrependeu muito e se tornou um dos mais importantes ativistas vegetarianos que já tivemos no mundo.

A dieta combinada de carne e vegetais não tem vantagens sobre a dieta vegetariana. Isso estamos descobrindo só agora, e os artigos que lhe enviei falam um pouco disso. Não existem seres humanos que comem só carne, assim, todos os que não são vegetarianos são onívoros. As doenças de coração, pressão, diabetes, obesidade e câncer são muito mais frequentes nas populações de onívoros que de vegetarianos. Alguns tipos de câncer, como o de intestino, são cerca de 80% mais comuns em onívoros. Acho que essa estatística nos mostra claramente que comer carne e vegetais não é melhor para a saúde do que comer só vegetais. Desconheço doenças que sejam mais frequentes entre vegetarianos e já ouvi dizer (apesar de não saber sobre a veracidade científica do dado) que entre os animais herbívoros não existe câncer.

Espero ter ajudado!!! =)

Papo verde (as dúvidas)

Grande Bruno,

Boa noite.

As dúvidas estão pululando na minha cabeça, e não se tratam de
questionamentos hipócritas, pois são coisas que eu sempre quis saber, mas não tinha para quem
perguntar (parece nome de almanaque ou de enciclopédia popular, né?: Coisas Que eu Queria
Saber Mas Não Tinha Para Quem Perguntar).

Então, vejamos: se os animais não podem ser mortos para o banquete do
nosso ego porque sofrem uma dor evitável, porque as plantas podem ser arrancadas da terra ou
terem suas partes podadas, já que há notícia de estudos que apontam que as plantas, sentem, sim, dor?

E, mais: como ficará o planeta Terra se todos os animais da cadeia
alimentar do ser humano deixarem de
ser abatidos, num hipotético futuro vegetariano?

Ainda mais: os "dinossauros" maiores e mais resistentes foram os
carnívoros, o que pode indicar que, ainda que os vegetais possam suprir as nossas necessidades de
proteínas, a carne o faz para além do mínimo, contribuindo para que a população humana seja hoje mais forte do que aquela que se alimentou essencialmente de outras fontes que não a proteína animal. O mesmo
dizer dos mamíferos mais ágeis: leão, onça, tigres... Se comparados com o gordo e lento elefante
comedor de folhinhas e frutinhas (opa!).

Deve, sim, haver melhor aproveitamento na dieta combinada de vegetal e animal do que na dieta
monotemática "verde", não?

Abração,

Jorge



Papo verde (repercussão)

Amigo Jorge

Algumas breves considerações:

1- proteína da carne x proteína vegetal: diferem na composição dos seus elementos básicos (aminoácidos) e possuem digestibilidades diferentes. Claro que existem os tais "truques" culinários, mas não dá para comparar uma coisa com a outra.
2- Ferro: o Fe presente em alimentos vegetais (não-heme) sofre interferência de outros componentes da dieta; o da carne (heme) não. Também, os tais "truques" podem ajudar em alguma coisa. Nesse caso, é sempre bom pensar que o Fe não é uma entidade única, de modo que não é apenas a sua mera absorção intestinal que vai dizer que ele exercerá sua função no organismo. Vale lembrar que outros nutrientes, que influenciam na sua homeostase (principalmente na medula óssea), são encontrados somente nas carnes...
3- e, por fim, acho que essa discussão de comer ou não comer carne por causa dos animais, acho também uma grande papagaiada... preocupo-me muito mais com a pessoa do meu lado do que com o bicho. É a tal animalização do ser humano... ou humanização dos bichos... acho que quem não tem o que comer, não está tão preocupado com isso... 

Bitucas

Alexandre 


Oi Jorge!

Olha, não consigo me imaginar trocando uma boa Carne de Sol assada (acompanhada com arroz branco, farinha d'água, paçoca de carne seca e pirão de queijo) por alguma salada, legume, soja... Prefiro juntar tudo!!! Rs... 

Na verdade, acho que o segredo é não exagerar. Acredita que emagreci aqui?
Ótimo fds!!!
Bjinhos, Paula K. 

James Franco e a atriz Anne Hathaway

Anne Hathaway e James Franco

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Papo verde

Compartilho um papo verde que venho tendo com um amigão todo entendido de ecologia, natureza e coisas a afins, dono de um sorrisão maravilhoso e de uma cachorrinha que é atriz! Na conversa, alguns mitos estão desabando. 

Grande Bruno,

Então, não sou vegetariano mas sou simpatizante. Porém, aprendi que precisamos de um 
pouco de proteína animal na nossa dieta. E que boa parte do ferro consumido de origem 
vegetal não é assimilado adequadamente pelo organismo. 

Comecei uma discussão (a partir do vídeo da Odete) com uma colega,
também simpatizante, e ela me perguntou se comer peixe está fora da lista (pensando no 
aspecto ecológico da questão -- terras agriculturáveis, grãos, desmatamento, efeito estufa 
e etecéteras). Fiquei sem resposta. O que você acha?

A questão, pelo lado do sofrimento animal, já é mais complicada. Pois, veja: os animais, 
salvo melhor juízo, "amam"  a natureza muito mais do que nós, mas também comem carne.
Assim posto, quando comemos carne estamos, a priori, exercendo nosso lugar na cadeia
alimentar. Não é? Talvez devessemos, a exemplo de tantas outras posturas consumistas
da modernidade, diminuir o nosso consumo de proteína animal -- meu cardiologista 
adoraria que eu fizesse isso, pois sou hipercolesterolêmico.

Estou com saudades de você: não moro mais no centro, então, tem sido raro encontrar 
os urbanados de SP. Espero que esteja tudo bem contigo. Mande sempre notícias.

Abração,

Jorge

Resposta do Bruno Carmo:

Oi Jorge!
 
Legal você escrever! 
Na verdade, essas suas dúvidas são muito parecidas com as que eu tinha também.
Sobre a proteína, tudo não passa de um mito, criado pela mídia, pelos pecuaristas, pelas empresas do setor, por médicos charlatães e por bombados de academia. Estou te enviando alguns artigos científicos bem atuais que desmentem o mito de que o ser humano precisa comer carne para obter a quantidade necessária de nutrientes.
A proteína é a maior mentira que contam pra gente desde a escola. Os vegetais têm muita proteína, claro que uns mais que outros e as frutas menos. Mas é muito fácil conseguir proteína de fontes vegetais, mesmo sem comer soja. Os feijões, ervilhas, grão-de-bico, lentilha já têm proteína suficiente para substituir um bife em qualquer refeição. 
E eu desafio qualquer carnívoro a encontrar um vegetariano com deficiência de proteína, heheh! É muito difícil alguém ficar com deficiência de proteína, então esse não é um medo que os vegetarianos precisam ter.
Quanto ao ferro, temos aí outro mito. Na verdade, o que acontece é que a deficiência de ferro é a deficiência nutricional mais comum no mundo! E, mais interessante ainda, ela é tão frequente entre vegetarianos quanto entre onívoros. Ou seja, a dieta vegetariana não gera mais anêmicos que a dieta onívora, ao contrário do que o senso comum pensa. 
Tem um médico muito legal que escreveu uns livros bem bacanas sobre isso (Alimentação sem carne; Virei vegetariano, e agora?), o Dr. Eric Slywitch. O ferro vegetal é diferente mesmo do ferro animal -- e tem uns truques (como utilizar vitamina C perto das refeições, deixar os grãos de molho um dia antes de cozinhar e reduzir o consumo de café e chás) para aproveitar ao máximo o ferro dos alimentos. Mesmo assim, quem é vegetariano não tem que tomar mais cuidado com o ferro, pois todo mundo está sujeito a uma deficiência desse mineral.
 
Vamos aos peixes. 
 
A pesca hoje é uma das atividades mais predatórias que o homem executa. Como ela é feita em larga escala, com redes imensas, a pesca industrial está varrendo literalmente os mares, matando não apenas os peixes comerciais, mas tudo o que estiver junto também. Na verdade, estima-se que daqui a uns 20 ou 30 anos, a maioria das espécies comerciais de peixes não existirá mais, de tão predatória que é a pesca atualmente. Os governos e as empresas não estão nem aí, pois, como sabemos, só pensam no lucro imediato, e essa é uma atividade altamente lucrativa. 
 
Além disso, sendo o mar o maior depósito de todo tipo de porcaria química que o homem já produziu, nunca se sabe se dentro daquele inocente salmão ou atum estão doses cavalares de insumos químicos da agricultura ou, pior, metais pesados como chumbo ou mercúrio (que se concentram na gordura desses animais).
 
Finalmente, o sofrimento animal. 
 
Confesso que, por muito tempo, me mantive insensível a essa questão. Inclusive usava também o argumento da cadeia alimentar. Afinal, é natural comer carne. Os filmes me ajudaram a buscar outros argumentos sobre a ética do consumo de animais e comecei a pensar diferente. 
Acredito que devemos lembrar que o homem é o único animal capaz de fazer escolhas realmente conscientes, já que ele não é só movido pelo instinto. Assim, há muitas coisas que fazem parte do nosso instinto (ou seja, são naturais) mas nós não fazemos, pois vivemos em sociedade, consideramos errado e tal. 
Por exemplo, quem nunca teve vontade de esmurrar alguém e não refreou esse instinto? A violência é natural, mas nós consideramos certo refreá-la, pois analisamos as consequências e conseguimos nos colocar no lugar dos outros. Acredito que a ética se origina na capacidade de escolha. 
É a possibilidade de escolha que cria o certo e o errado. A viúva-negra mata o macho após a cópula, mas nós não julgamos isso como certo ou errado, pois ela não tem escolha, ela apenas segue algo que está geneticamente programado e que a gente chama de instinto. Se fosse uma mulher fazendo isso, seria completamente errado, pois ela tem possibilidade de escolha. Se eu posso escolher, existe uma opção que é mais certa que a outra, geralmente. E se eu posso me alimentar sem causar sofrimento, acredito que seja mais certo. Assim, por mais que o argumento da cadeia alimentar tivesse sido conveniente para mim por muito tempo, tive de abandoná-lo. Acredito que o ser humano tem o dever de cuidar das outras espécies, como um curador coletivo de um grande museu vivo.
Espero ter respondido suas perguntas!
Continuamos no contato!
Abração!
Saudades!
Bruno

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mapa das poltronas de avião

18/11/2010 - 13h33

O aperto só piora nos voos de classe econômica

LUISA ALCANTARA E SILVA
DE SÃO PAULO
Atualizado às 14h04.
Com a popularização das viagens aéreas, o aperto na classe econômica tem crescido em voos nacionais e internacionais. O problema tende a se agravar e, a partir do ano que vem, os passageiros poderão notar uma nova etiqueta colada nos aviões.

O adesivo é uma promessa da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que quer classificar as aeronaves em relação ao "seat pitch" -espaço entre as poltronas.
A ideia é que o passageiro possa escolher entre pagar menos por um voo mais apertado ou pagar mais para ter algum conforto.
Segundo as informações das companhias repassadas à Anac, todos os aviões se encaixariam na categoria A, a melhor, em que a distância entre as poltronas é igual ou maior que 76 cm.
Editoria de Arte / Folhapress/Editoria de Arte / Folhapress
Na classe econômica, escolha a menos pior
Na classe econômica, escolha a menos pior
CONFORTO REPROVADO
Numa pesquisa realizada pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), os passageiros deram nota nove --numa escala de zero a dez, em que dez é a pior nota- para o pouco espaço para movimentar o corpo.
"Percebemos que as restrições das poltronas são as maiores responsáveis pelas dificuldades dos passageiros que querem descansar", diz Nilton Luiz Menegon, coordenador da pesquisa.
Para ele, uma mudança que diminuiria o desconforto dos passageiros incluiria converter as fileiras triplas em duplas, mesmo que se tenha de pagar mais por isso.
Cético com relação ao selo, Menegon diz que a Anac deveria ter levado em conta outros pontos ao determinar categorias. "Essa medida pressupõe uma postura sentada estática e completamente apoiada no encosto", diz. "Mas a tendência é a do passageiro se movimentar."
LUGARES E LUGARES
Mesmo na classe econômica, há lugares melhores. Nas poltronas do corredor, o passageiro pode esticar as pernas na passagem.
É por isso que a jogadora de basquete Nádia Colhado, 21, que mede 1,94 m, sempre dá preferência ao corredor. "Dá para esticar uma perna."
Para Murillo de Oliveira Villela, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial, poder esticar os membros inferiores não é a única vantagem: "Quem se senta no corredor se levanta sem incomodar ninguém".
Villela lembra que algumas pessoas ficam sem jeito de pedir para passar quando estão na janela, e que é importante se levantar para o sangue circular melhor.
Outra posição bastante disputada é a dos assentos que ficam na primeira fileira e os logo atrás das saídas de emergência, que têm mais espaço na frente. Os que ficam antes da saída de emergência têm mais espaço para as pernas, mas a reclinação é limitada ou inexistente.
E, exatamente por serem mais procurados, as companhias aéreas passaram a cobrar uma taxa de quem quiser se sentar neles.
Há cerca de três meses, a TAM começou a cobrar, como projeto piloto, uma taxa de R$ 10 a R$ 40 de quem voar em trechos nacionais nos assentos próximos às saídas de emergência ou na primeira fileira. Nos voos internacionais, a taxa é de US$ 50.
Na Air France e na KLM, é cobrada uma taxa extra entre 20 e 70 -dependendo da duração do voo. A Azul cobra R$ 20 por trecho para quem quiser ficar no "espaço azul", que tem até 86 cm entre as poltronas -nas demais, a distância é de 79 cm.
NO CHECK-IN
O site SeatGuru (guru do assento, em tradução livre; www.seatguru.com) ajuda a encontrar o melhor lugar de cada avião. Lançado em 2001, tem mais de 700 plantas do interior dos jatos de cerca de cem companhias.
Basta informar o número do voo ou a rota que o sistema mostra a planta da aeronave com a disposição das poltronas. São informados os assentos com mais espaço e os mais problemáticos, como os que não possuem inclinação ou que têm largura reduzida. Evite-os!
Lucy Nicholson - 15.set.2010/Reuters
Durante evento de aviação comercial, passageiro atesta desconforto da "poltrona para voo em pé" que companhia aérea irlandesa Ryanair quer adotar em voos de menos de uma hora
Durante evento de aviação comercial, passageiro atesta desconforto da "poltrona para voo em pé" que companhia aérea irlandesa Ryanair quer adotar em voos de menos de uma hora

http://www1.folha.uol.com.br/turismo/832511-o-aperto-so-piora-nos-voos-de-classe-economica.shtml

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

F1

Sebastian Vettel, Fernando Alonso, Lewis Hamilton e Mark Webber posam para foto; Barrichello torce por australiano e Massa disse não ter preferência Leia mais

Tautologia

Você sabe o que é tautologia?

É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem.
Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir: 


- elo 
de ligação 
- acabamento 
final 
- certeza 
absoluta 
- quantia 
exata 
- nos dias 8, 9 e 10, 
inclusive 
- juntamente 
com 
expressamente proibido
- em duas metades 
iguais 
- sintomas 
indicativos 
- há anos 
atrás 
- vereador 
da cidade 
outra alternativa
- detalhes 
minuciosos 
- a razão é 
porque 
- anexo 
junto à carta
- de sua 
livre escolha
- superávit 
positivo 
todos foram unânimes
- conviver 
junto 
- fato 
real 
- encarar 
de frente 
- multidão 
de pessoas 
- amanhecer 
o dia 
- criação 
nova 
- retornar 
de novo 
- empréstimo 
temporário 
- surpresa 
inesperada 
- escolha 
opcional 
- planejar 
antecipadamente 
- abertura 
inaugural 
continua a permanecer
- a 
última versão definitiva
possivelmente poderá ocorrer
- comparecer 
em pessoa
- gritar 
bem alto 
- propriedade 
característica 
demasiadamente excessivo
- a seu critério 
pessoal 
- exceder 
em muito


Minha fonte:
flavializ@uniqueinsp.com

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Curso Nietzsche e a Inversão dos Valores

Curso Nietzsche e a Inversão dos Valores

Início: 13 de Novembro de 2010

Duração: 4 aulas, de 13 de Novembro a 04 de Dezembro
Horário: aos sábados, das 15h às 18h (com intervalo de 15 min.)
Valor: R$ 140,00 reais
Local: Av. Ipiranga 200 (Ed. Copan), República, São Paulo - SP - ver mapa






Conteúdo: Ressentimento, má consciência e a inversão dos valores. A moral judaico-cristã: sofrimento, acusação, interiorização e dívida. Sacerdote, ideal ascético e domesticação do homem. A vontade do nada: o niilismo e a ausência de valores. Eterno retorno e além-do-homem. A transvaloração de todos os valores.


O curso é destinado a universitários, pós-graduandos, psicólogos, profissionais de diferentes áreas e interessados em geral. Não é necessário ter formação em filosofia para participar.


Inscrições: amaureks@gmail.com ou (11) 9599-2079

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Amauri Ferreira é filósofo e escritor. Ministra cursos, palestras e coordena grupos de estudos na cidade de São Paulo. Realiza pesquisas pela Escola Nômade e pelo Coletivo Usina. É autor dos livros “Introdução à filosofia de Spinoza” e "Introdução à filosofia de Nietzsche", e também dos artigos “Mente, corpo, imaginação e memória em Espinosa” e “Culpa, ressentimento e a inversão dos valores em Nietzsche”, ambos publicados pela revista Filosofia, da editora Escala.