domingo, 15 de outubro de 2017

Fábula - proposta de aula



Proposta da aula (sexto ano)
Fábula

No primeiro momento, fazer o levantamento de conhecimentos prévios, verificando o que os alunos já sabem sobre fábulas. Perguntar, para isso, o que é fábula? Se a resposta contemplar corretamente a definição do gênero, passar para o ponto seguinte; caso contrário, apresentar a definição básica de fábula[1]. Após se certificar que a classe entendeu o que é fábula, verificar quais fábulas são conhecidas pelos alunos. Neste momento, perguntar e anotar na lousa o nome da fábula (também relacionando a fábula ao aluno – ou a pelo menos um aluno); depois, feita a lista de fábulas citadas pelos alunos, solicitar que um (ou mais) aluno faça um resumo (ou conte a fábula inteira, se não for grande) para outros colegas ouvirem. Verificar se os alunos conseguem depreender a moral das fábulas contadas (se sim, pular essa etapa). Se os alunos não conseguirem encontrar a moral da história, tentar fazer um percurso no qual uma moral seja encontrada. Solicitar que os alunos escrevam as fábulas no caderno. Para aqueles que disserem que não conhecem nenhuma fábula, solicitar que escrevam uma daquelas que foi citada pelos colegas. Nesta aula ou na seguinte, distribuir, ou colocar na lousa, textos bem escritos com as fábulas (preferencialmente, aquelas não citadas pelos alunos). Tentar separar pelo menos cinco textos diferentes, para que os alunos possam ser separados em grupos (para que nem todos trabalhem com os mesmos textos). Fazer verificação de leitura, solicitando que os alunos leem o texto em voz alta. Fazer verificação de compreensão do texto, com perguntas sobre o texto. Se a classe se mostrar interessada, fazer um pequeno jogral (teatrinho) com as fábulas. Tarefa de fechamento do tema: produzir uma nova fábula (em grupo ou individualmente); para evitar que os alunos utilizem uma fábula que já exista, propor tópicos ou seres (bichos ou outros seres inanimados).

O uso de tablet pelo professor em sala de aula pode ser positivo para se ter acesso à alguma versão do texto das fábulas citadas pelos alunos caso não sejam fábulas conhecidas pelo docente.

Lista de ações:

1. Levantar conhecimentos prévios
2. Perguntar o que é fábula?
3. Apresentar ou elaborar uma definição básica de fábula[2].
4. Verificar quais fábulas são conhecidas pelos alunos.
5. Perguntar e anotar na lousa o nome da fábula (relacionar ao aluno).
6. Solicitar que um aluno faça um resumo (ou conte a fábula inteira, se não for grande).
7. Verificar se a classe consegue depreender a moral das fábulas contadas
8. Se não, fazer um percurso no qual uma moral seja encontrada.
9. Solicitar que os alunos escrevam as fábulas no caderno.
10. Quem disser não conhecer nenhuma deve escrever uma das fábulas citada pelos colegas.
11. Distribuir (ou pôr na lousa), umas cinco fábulas (preferencialmente, não citadas pelos alunos).
12. Separar os alunos em grupos (para que nem todos trabalhem com os mesmos textos).
13. Fazer verificação de leitura (em voz alta).
14. Fazer verificação de compreensão do texto, com perguntas sobre o texto.
15. Se a classe mostrar interesse, fazer um pequeno jogral (teatrinho) com as fábulas.
16. Propor a escrita de uma fábula (definir temas ou animais).




Prof. Jorge de Lima. Itanhaém. SP. EMHF. 2017.


[1] Fábulas: narrativa inverossímil, com fundo didático tem como objetivo transmitir uma lição de moral. É oferecido, então, um modelo de comportamento maniqueísta (filosofia dualística que divide o mundo entre bem, ou deus, e mal, ou o diabo), em que o “certo” deve ser copiado e o “errado”, evitado. Caracteriza-se pela presença de animais e o uso constante da natureza para a alegorização da existência humana. As fábulas aproximam o público das “moralidades”, por isso, apresentam similaridade com a proposta das parábolas bíblicas. Na fábula, a proposta principal é a fusão de dois elementos: o lúdico e o pedagógico. As histórias, ao mesmo tempo que distraem o leitor, apresentam as virtudes e os defeitos humanos através de animais. Os antigos, provavelmente, acreditaram que a moral, para ser assimilada, precisava da alegria e da distração contida na história dos animais que possuem características humanas. Desta maneira, a aparência de entretenimento camufla a proposta didática presente. A fábula é semelhante a um conto em sua extensão e em sua estrutura narrativa. O diferencial se dá, principalmente, no objetivo do texto, que é o de dar algum ensinamento, uma moral. Outra diferença é que as personagens são animais, mas com características de comportamento e socialização semelhantes às dos seres humanos. A parábola é a versão da fábula com personagens humanas, com o mesmo objetivo: o de ensinar algo; para isso, são utilizadas situações do dia a dia das pessoas. O apólogo também é semelhante à fábula e à parábola, mas pode se utilizar das mais diversas e alegóricas personagens: animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas, humanas ou não. Da mesma forma que as outras duas, ilustra uma lição de sabedoria.
[2] Narrativa que envolvem bichos ou seres inanimados (garrafas, cadeiras, plantas, água) e na qual um acontecimento ou uma situação serve para transmitir um ensinamento.

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